Pandemia
Hospital de Campanha começa a ser desmontado
Prefeitura de Pelotas não renovará contrato e estrutura, que custou R$ 411 mil, passa a ser recolhida nesta quarta-feira do Parque do Sesi
Carlos Queiroz -
A partir desta quarta-feira (22), o Hospital de Campanha passará a ser desmontado em Pelotas. A prefeitura não irá renovar o contrato. A dificuldade em montar equipe médica caso fosse efetivamente necessário colocá-lo em operação é a principal razão para não estender o contrato com a empresa de Sapiranga. Hoje, a prioridade da Secretaria de Saúde é ampliar a retaguarda de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). E os 159 leitos da estrutura, que nunca chegou a ficar 100% pronta no Parque do Sesi, são todos clínicos - de enfermaria.
A contratação do serviço virou alvo de críticas. Na Câmara de Vereadores gerou pedido de acesso à documentação e visita dos parlamentares ao local. A secretária de Saúde, Roberta Paganini, precisou prestar esclarecimento ao Legislativo. O investimento de R$ 411 mil em uma Unidade que permaneceu por mais de três meses de portas cerradas é questionado.
Em live, no final da tarde de segunda-feira, a prefeita Paula Mascarenhas (PSDB) voltou a justificar a decisão, tomada no começo de abril; menos de um mês após Pelotas confirmar o primeiro caso de Covid-19. "Agora é fácil julgar. Vivíamos uma grande incerteza. Não sabíamos o que ocorreria e hoje, sim, sabemos que o grande desafio são os leitos de UTI", argumentou, ao utilizar dados do boletim emitido pela Vigilância Epidemiológica.
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A prefeitura garante que, na época, outras empresas foram consultadas e o comparativo entre os orçamentos foi enviado à Procuradoria Geral do Município, com pedido de dispensa de licitação, que recebeu parecer favorável.
Quando escolhida, a JN Estruturas já havia montado Hospitais de Campanha em Bagé, Canoas, Novo Hamburgo, Porto Alegre, Tramandaí, Torres e Caxias do Sul. A intenção era de que a unidade pudesse funcionar como referência para pessoas que precisassem de acompanhamento clínico, mas com quadros leves da doença. Em caso de agravamento, os pacientes seriam transferidos para leitos de UTI.
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